A Praça Tiradentes é um logradouro localizado no centro do Rio de Janeiro. Tradicionalmente, é apontada como o antigo "Campo de Lampadosa", a praça é apontada erroneamente como sendo o local da execução de Tiradentes. Estudos recentes mostram que o alferes mineiro foi, na verdade, enforcado na esquina da Rua Passos com Avenida Passos, também no Centro do Rio. Dada a efervescência cultural do século passado, ficou conhecida por ser o "ponto cem réis" dos bondes que faziam retorno para o bairro da Muda.
Possui ao seu redor dois dos mais importantes teatros da capital fluminense: o Teatro Carlos Gomes e o Teatro João Caetano. Também a seu redor se localizam alguns estabelecimentos centenários que fizeram história, como a sapataria Tic-Tac (que criou fama na época do pós-guerra por se especializar em cravejar tachinhas de ferro nas extremidades do solado dos calçados) e outros que já não mais existentes, como a Camisaria Progresso. A praça também é muito procurada devido ao baixo meretrício no entorno trazido nos anos trinta com aspolacas.
Na praça está localizado o Monumento a D. Pedro I, que muitos pensam tratar-se da estátua de Tiradentes, executada pelo escultor francêsLouis Rochet a mando de D. Pedro II. É a mais antiga estátua do Rio de Janeiro.
A atual Praça Tiradentes teve origem, nos idos do Séc. XVII, no desmembramento do então chamado Campo de São Domingos. Em 1690 chamava-se Rossio Grande, em clara alusão ao Largo do Rossio lisboeta; mais tarde, passou a Campo dos Ciganos, devido à chegada, de Portugal, de um grupo desses nômades, e que ali montaram, por algum tempo, suas barracas. A partir de 1747, com a construção da Capela de NªSª da Lampadosa, passou a ser conhecida como Campo da Lampadosa. Em 1808, passou a ser o Campo do Polé, graças à instalação, no local, de um pelourinho. Em 1821, passou a ser chamada Praça da Constituição; D. Pedro, assumindo o posto de Príncipe Regente, jurou fidelidade à Constituição Portuguesa de uma das varandas do Real Teatro São João que ficava onde, hoje, encontra-se o Teatro João Caetano. Finalmente, em 1890, ao aproximar-se o centenário da morte de Joaquim José da Silva Xavier, passou a ter o nome de Praça Tiradentes, pela proximidade do local onde se acredita ter sido enforcado o protomártir da Independência.
No centro da praça, o monumento a Pedro I, mandado erigir por Pedro II, foi inaugurado em 1862. Apresenta o Imperador a cavalo, fardado de general, segurando com a mão esquerda as rédeas, enquanto com a direita exibe a Constituição de 1824.(Há quem acredite tratar-se das cartas recebidas às margens do Ipiranga.) No pedestal, quatro estátuas de bronze representam os rios Amazonas, Paraná, São Francisco e Madeira. O monumento nasceu de um concurso internacional, em 1855, vencido pelo brasileiro Maximiliano Mafra, e foi construído em Paris por Louis Rochet ( 3º colocado no mesmo concurso) que tinha como aprendiz o jovem Auguste Rodin.
Em 1865 acrescentaram-lhe quatro alegorias representando as virtudes das nações modernas: a Justiça, a Liberdade, a União, e a Fidelidade, depois transferidas para a Praça NªSª da Paz, em Ipanema. O gradil foi instalado em 1865, e dos oito lampiões iniciais, restam 5. O monumento foi recentemente restaurado (2006) e as alegorias retornaram, devolvidas à Praça.
Nas proximidades há, ainda, alguns prédios de valor histórico, tais como: o Solar do Visconde do Rio Seco (Pça. Tiradentes, 67), a Igreja do Santíssimo Sacramento (Av. Passos, 50), a casa de Bidu Sayão (Pça Tiradentes,48) e as casas de números 5 e 11 da Rua Gonçalves Ledo.
Na foto grande, do início do século passado, vê-se trecho da praça. No postal, também do início do Séc. XX, podemos apreciar alguns detalhes; e a foto colorida, mais recente, mostra a ausência de vários lampiões.
Onde encontro , para comprar, fotos antigas da Praça Tiradentes? Amei a matéria
ResponderExcluirinteresante vivemo iso sei que nao nada fasio
ResponderExcluirInteressante pois meus antepassados moraram ali quando se chamava Praça da Constituiçao no numero 33.
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